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O papel das incubadoras no estímulo à inovação

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Foto: divulgação.

A coluna desta semana para o Economia SC traz uma conversa com a Gabriela Luchese sobre o papel das incubadoras no estímulo à inovação nas cidades.

Ela é a, Mestre em Propriedade Intelectual e Transferência de Tecnologia para Inovação (ProfNIT) pela UFSC. É Diretora responsável pela Incubadora Tecnológica Municipal de Herval D’Oeste, que em menos de 1 ano de operação já conquistou 2 importantes prêmios a nível estadual: foi reconhecida como um dos 15 Projetos Inovadores de Santa Catarina em 2024 durante o 7° Congresso Catarinense de Cidades Digitais e Inteligentes e como destaque na Mostra de Boas Práticas no Summit Cidades 2024.

Santa Catarina é o segundo estado mais inovador do Brasil, de acordo com o Índice Brasil de Inovação e Desenvolvimento (IBID) de 2024. Na sua opinião, qual o papel das incubadoras na promoção da inovação nas cidades?

As incubadoras desempenham um papel fundamental na promoção da inovação nas cidades. Elas oferecem e estratégico aos empreendedores, disponibilizando mentoria, assessoria, consultoria especializadas e espaço físico, para transformar ideias inovadoras em negócios de sucesso. As incubadoras contribuem para a retenção de talentos locais, a geração de empregos e impostos além de estimular o empreendedorismo inovador. Com isso, impulsionam o desenvolvimento econômico e tecnológico do município, criando um ambiente mais propício à inovação.

Recentemente o Governo do Estado lançou o Tratado de Inovação Catarinense, que já é um marco para o futuro da inovação no estado. Na sua visão, nosso estado está se posicionando para se tornar o estado mais inovador do Brasil?

Sim, Santa Catarina está se posicionando de forma estratégica para se consolidar como o estado mais inovador do Brasil. A do Tratado da Inovação Catarinense representa um marco importante nessa trajetória, evidenciando o compromisso com o fortalecimento da inovação em todos os municípios. Esse movimento reforça a importância da união entre os diversos atores do ecossistema, setor público, privado, academia e sociedade civil, para a construção de um ambiente verdadeiramente transformador. Nesse cenário, as incubadoras exercem um papel fundamental, atuando como catalisadoras da inovação e do empreendedorismo.
São elas que ajudam a impulsionar ideias e projetos capazes de colocar Santa Catarina no topo dos rankings nacionais de inovação nos próximos anos.

Em muito pouco tempo a Incubadora Tecnológica Municipal de Herval D’Oeste alcançou resultados muito expressivos. São quantos contratos de incubação já firmados? Para quantos habitantes no total?

Atualmente, a Incubadora Tecnológica Municipal de Herval d’Oeste conta com 11 contratos de incubação ativos, envolvendo projetos inovadoras em diversas áreas. Esse número reflete o potencial de inovação que estamos fomentando em nossa cidade, que possui aproximadamente 22 mil habitantes. É um marco significativo para uma Incubadora que iniciou suas atividades em janeiro de 2024 e que, com pouco mais de um ano de operação, já alcançou conquistas importantes. Entre elas, destacam-se dois reconhecimentos em nível estadual e o convite do Governo do Estado, por meio da FAPESC, para apresentar nosso case durante o Startup Summit 2024. Vale destacar que a incubadora é istrada pela Prefeitura de Herval d’Oeste, evidenciando o comprometimento do poder público com o fortalecimento do ecossistema local de inovação. Como referência inspiradora, citamos a Incubadora Tecnológica de Luzerna, que já acumula mais de 15 anos de atuação e reconhecimento nacional.
Para acompanhar as novidades da Incubadora Tecnológica Municipal de Herval d’Oeste, siga nosso perfil no Instagram: @incubadoraherval

Quais resultados a Incubadora Tecnológica Municipal de Herval D’Oeste pretende alcançar no médio e longo prazo? Entre eles, existe uma expectativa de impacto em matriz econômica do município e retenção de talentos?

Atualmente, dos 11 projetos inovadores incubados, 9 já possuem CNPJ em Herval d’Oeste.
Esses resultados refletem o impacto positivo da Incubadora, tem como objetivo expandir o número de projetos inovadores, fortalecendo ainda mais o ecossistema de inovação do município. No médio e longo prazo, esperamos que esses projetos contribuam para a diversificação da matriz econômica local, criando novas oportunidades de negócios e impulsionando o crescimento sustentável. Outro objetivo fundamental é a retenção de talentos, estimulando profissionais qualificados a permanecerem na cidade e contribuírem para o desenvolvimento de Herval d’Oeste. Gostaria de aproveitar essa oportunidade para agradecer a todos que fazem parte dessa jornada. Nosso agradecimento vai à Prefeitura de Herval d’Oeste, aos nossos vereadores, aos membros do Conselho Municipal de Desenvolvimento Econômico e Tecnológico de Herval d’Oeste (CMDET) e aos parceiros da Incubadora. Não posso deixar de agradecer à FAPESC, pois de forma inédita conquistamos o recurso inicial necessário para a abertura da incubadora, e ao deputado estadual Jair Miotto, que destinou uma emenda parlamentar essencial para viabilizar essa iniciativa. Por fim, agradecemos a todos os envolvidos no desenvolvimento dos projetos inovadores incubados, cujo empenho e dedicação são fundamentais para o sucesso da nossa incubadora e para o fortalecimento do ecossistema de inovação em Herval d’Oeste.

Me conta os principais desafios que quem empreende longe das capitais enfrenta e como o apoio de uma incubadora pode ajudar a superar esses desafios.

Empreender fora das capitais pode apresentar desafios consideráveis.
As incubadoras surgem exatamente para ajudar a superar esses obstáculos, oferecendo e fundamental como, consultoria, mentoria, treinamentos e conexões inovadoras valiosas. Dessa forma, elas fortalecem e impulsionam o empreendedorismo inovador no interior, demostrando o enorme potencial dessas regiões e a necessidade de reconhecê-las e apoiá-las de forma estratégica.

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Fundadora da Leila Violin PI, mestre em engenharia e gestão do conhecimento e habilitada pelo INPI como agente da propriedade industrial.

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